sexta-feira, 10 de outubro de 2008

[Veja] Reduzir custos, uma necessidade urgente para sobrevivência da F1


MONTE FUJI, Japão (AFP) — A redução de custos se tornou numa necessidade urgente para a sobrevivência das escuderias de Fórmula 1, uma realidade acentuada pela crise financeira mundial atual, mas seus dirigentes e proprietários não querem apertar o cinto.

Williams, por exemplo, teria perdido 90 milhões de euros nas duas últimas temporadas.

Max Mosley, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), e Bernie Ecclestone, que administra os direitos comerciais da F1, são partidários de soluções radicais.

Depois de Max Mosley superar seus problemas pessoais, ambos são de novo muito amigos e se uniram numa causa comum, pedindo "reduções urgentes e drásticas de custos".

"Antes da chegada das atuais dificuldades econômicas, já era evidente que a Fórmula 1 estava mal. Se não arrumamos isso até 2010, teremos um grave problema", disse Mosley à BBC.

Em uma entrevista ao The Times, Bernie Ecclestone fala, por exemplo, de uma "estandardização" dos motores em um horizonte muito próximo de 2010. Isso permitiria uma economia de várias dezenas de milhões de euros por ano para cada escuderia.

Mas a maioria absoluta dos proprietários é absolutamente contra esta idéia.

"Temos muitas idéias para reduzir custos, conservando a essência da Fórmula 1", afirma John Howett (Toyota). "Espero que haja discussões construtivas para encontrar soluções", acrescenta.

As duas partes estão longe de um entendimento. Iniciarão discussões em 19 de outubro em Paris, onde Max Mosley convocou uma reunião de urgência. Deseja encontrar os membros da FOTA (Formule One Team Association), isto é, a associação de proprietários para discutir "decisões estratégicas necessárias para adotar em relação aos problemas econômicos mundiais".

Max Mosley e Bernie Ecclestone parecem adeptos de uma revolução. As equipes são mais conservadoras e, pelo momento, não desejam mudanças.

"Uma reação de pânico de nossa parte seria catastrófica", afirma John Howett. "A Fórmula 1 também será afetada pela crise, como todas as indústrias, como todos os patrocinadores. Terá de adaptar-se", acrescenta Mario Theissen (BMW).

"Saímos de um dos melhores fins de semana (em Cingapura) e a Fórmula 1 é muito forte, mas para sobreviver é preciso que as 10 escuderias se entendam e trabalhem juntas", conclui Nick Fry (Honda).

Fonte: Google

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